BARRAGEM CORRE RISCO DE ROMPER E INUNDAR
PARTE DO RECIFE
GUSTAVO URIBE
DE BRASÍLIA
08/12/2016 13h04
Atualmente vazia
por causa da pior seca dos últimos 60 anos, a barragem de Jucazinho, em
Surubim, agreste de Pernambuco, corre o risco de romper, quando voltar a
encher, por causa de rachaduras em sua estrutura.
Segundo a Folha
apurou, o Ministério da Integração Nacional avalia que o rompimento da barragem
pode inundar uma área do Recife, a 124 km de Surubim, afetando 3 milhões de
pessoas. No agreste, o período de chuvas costuma ocorrer entre abril e maio.
Jucazinho é a maior
barragem da região. O reservatório tem capacidade para acumular 327 milhões de
metros cúbicos de água, mas está em colapso desde setembro. De acordo com
Roberto Tavares, presidente da Compesa (Companhia Pernambucana de Saneamento),
estatal que opera a barragem, Jucazinho atendia 800 mil pessoas em 15
municípios.
Sem recarga de
chuva há cinco anos, a companhia diminuiu o número de cidades atendidas. Hoje,
200 mil pessoas em sete desses municípios dependem de atendimento exclusivo de
carros-pipa. As demais cidades passaram a ser atendidas por outros
reservatórios.
"O sertão está
com a mesma seca que o agreste, mas praticamente nenhuma cidade está em
situação de colapso", disse Tavares.
As fissuras foram
encontradas em inspeções feitas neste período de seca. "Realmente está
precisando de recuperação", afirmou o presidente da companhia.
O presidente Michel
Temer deve anunciar a liberação de R$ 15 milhões sem licitação para obras
emergenciais na viagem que fará ao Nordeste nesta sexta-feira (9). Outros R$ 38
milhões serão liberados para outras obras na barragem, mas, desta vez, com
licitação.
BOATOS
Boatos de
rompimento de barragem já causaram pânico no Recife duas vezes no passado. Em
1975, espalhou-se na cidade que o reservatório de Tapacurá, barragem construída
dois anos antes na região metropolitana do Recife, havia estourado.
O pânico se
instaurou na capital pernambucana: pessoas corriam sem rumo, subiam em árvores
ou em altos edifícios, carros não respeitavam sinais de trânsito, comerciantes
abandonaram lojas, bancos e escolas fecharam as portas.
Em 2011, um novo
boato se espalhou, repetindo o caos 36 anos depois. O presidente da Compesa diz
que sua preocupação é estar com a barragem pronta até o período de chuvas para
que possa reter água para lidar com o período de seca.
Fonte: www1.folha.uol.com.br
Fonte: www1.folha.uol.com.br

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