Período de estiagem será delicado para agricultor do Agreste, diz agrônomo do IPA
Da Redação Liberdade (26-08-2014)
O agricultor do Agreste Central de Pernambuco passou pelo
período chuvoso, entre março e junho, sem registrar índices
satisfatórios em relação ao acúmulo de água. De acordo com o Fábio
César, agrônomo do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), a situação se
complicará mais ainda por falta de chuva, devido o começo da temporada
de estiagem que segue até inicio do próximo ano. “Choveu 40% menos do
esperado e as chuvas foram mal distribuídas, sem intensidade. Houve uma
perda de aproximadamente 80% de milho e feijão, principal cultivo dos
agricultores, o que é preocupante”, explica.

Periodo de estiagem deve agravar situação dos agricultores no Agreste. (Foto: Antonio Marcos / Rádio Liberdade de Caruaru)
Sobre a expectativa para os próximos meses, Fábio Cesar diz
não está animando com as previsões porque a maioria dos barreiros está
secando e os agricultores terão dificuldades para manter os rebanhos.
“Entrou muito pouca água em nossos mananciais. Quando chega em outubro
ou novembro os açudes começam a secar”, relata.
As barragens de Jucazinho, com 22% da capacidade, e a do
Prata, com 50%, não registram acréscimo no volume. Segundo o agrônomo, A
águia que caiu não escorre, apenas se infiltrou na terra. “Eu posso
afirmar com toda segurança que nos últimos três anos a água que entrou
em Jucazinho foi insignificante. O problema realmente é bastante
delicado. A probabilidade de chover até o final do ano para entrar
grande quantidade de água na barragem de Jucazinho é mínima”, advertiu
Fábio Cesar.

Barragem de Jucazinho é a principal fornecedora dágua para o municipio de Caruaru, no Agreste(Foto: Antonio Marcos / Rádio Liberdade de Caruaru)
Em relação as barragens, o gerente da Compesa, João Rafael, garantiu normalidade na distribuição até o fim do ano.
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