Hospitais fazem pressão sobre SUS
Em crise, unidades filantrópicas do País vão suspender cirurgias e consultas, por 24 horas, na próxima segunda-feiraDa Redação
Hospitais filantrópicos do Estado e do País irão restringir o atendimento depois de amanhã. Procedimentos previamente marcados, como cirurgias e consultas, estarão suspensos por 24h. Apenas os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos. A medida foi a alternativa encontrada pelas instituições para pressionar o governo federal a reajustar a tabela do Sistema Único de Saúde (SUS), congelada desde 2005.Segundo a Federação das Misericórdias e Entidades Filantrópicas de Pernambuco, o endividamento dos hospitais é alto. No Brasil, a cifra ultrapassa R$ 12 bilhões. No interior do Estado, inclusive, algumas unidades beneficentes já encerraram as atividades e outras poderão fechar as portas.
O presidente da federação, Paulo Magnus, explica que a paralisação é um alerta. "Queremos, nesse primeiro momento, reajuste de 100% no repasse para os procedimentos de média e baixa complexidade", explica. Ele diz que o Ministério da Saúde conhece a defasagem, mas alega não ter dinheiro para pagar o valor adequado para o financiamento dos hospitais filantrópicos.
"Estamos criando uma emenda constitucional para buscar apoio popular e conseguir o repasse de 10% da União para saúde. Em paralelo a isso, temos propostas tramitando na Câmara", afirma.
O Hospital de Santo Amaro, da Santa Casa de Misericórdia, é uma das instituições a integrar o Ato Tabela SUS - Reajuste Já. O diretor executivo da instituição, Fernando Costa, explica que os valores repassados pelo SUS cobrem apenas 65% dos custos dos procedimentos. O restante é bancado pelo hospital, através de financiamento bancário. "A tabela repassa, por exemplo, R$ 267,60 para um parto. Uma consulta custa apenas R$ 10. Raio-X de tórax, R$ 6,88", pontua. Representantes dos hospitais afirmam que o valor repassado pelo governo federal está defasado e não corresponde à realidade do Estado. "Nos últimos anos, abriram três novos hospitais e 16 Upas. Os médicos vão para onde paga mais", diz Costa.
Na outra ponta da corda, quem depende dos hospitais filantrópicos sofre com o atendimento. Em frente ao Tricentenário, em Olinda, pacientes esperavam mais de cinco horas por atendimento de emergência. "Cheguei às 10h porque sentia dores no pescoço e no tórax, febre e frio. Fui chamado às 15h, fiz um raio-X e estou esperando ser atendido por um médico", conta o trabalhador da construção civil Ricardo Chacon, 44. Pacientes se queixavam da demora para atendimento e a falta de profissionais.
Já na Santa Casa de Misericórdia, pacientes da hemodiálise falavam da falta de medicamentos, essenciais para o tratamento. Wladimir Simões, 52, contou que há três meses não recebe alfaepoetina, ferro e eritropoetina. "Não vejo melhora no hospital, fazemos a hemodiálise e ficamos no sol à espera da condução. Às vezes me sinto sem assistência." O Ministério da Saúde informou que ainda não tem posicionamento oficial sobre o reajuste na Tabela SUS.
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APAMI -HOSPITAL E MATERNIDADE DAS VERTENTES
NOTA
O VERTENTES HOJE,conversou com o diretor do Hospital de Vertentes,BRUNO RUSHANSKY, em relação a questão acima mencionada, já que o referido hospital é uma entidade privada "Filantrópica", que apesar das dificuldades que enfrentam durante todos esses anos a unidade hospitalar não vai aderir a nenhum tipo de paralisação na prestação dos serviços médico-hospitalares.

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